Um setor de grande crescimento nos últimos anos certamente é o do E-commerce, obviamente o setor foi catapultado pela pandemia e atualmente passa por um processo de amadurecimento.
Este momento é tão importante quanto meados de 2020, auge do isolamento social e que culminou numa grande onde de consumismo, pois agora o mercado começa a selecionar aquelas melhores empresas, com melhores preços e prestação de serviços.
Por tanto, vale aqui uma reflexão sobre qual tributação é mais benéfica para a empresa que pretende iniciar suas atividades no comércio eletrônico, ou aquelas que já estão disputando esse acirrado mercado, pois este tema terá totalmente influência no preço final dos seus produtos e consequentemente no desempenho de vendas.
Neste sentido, faço aqui um alerta sobre os perigos dos conceitos amplamente difundidos de que o Simples Nacional é a melhor opção para a ME ou para a EPP, e também de que a tributação pelo Lucro Real é somente para grandes empresas.
Quando chega o momento de decidir qual será a tributação da empresa é imprescindível que todas as informações sejam levantadas, tais como: expectativa de faturamento para o próximo exercício ou para o primeiro exercício, de quem vai comprar e em qual estado/cidade estão localizados os fornecedores, para quem vai vender e para qual estado ou cidade será destinada a mercadoria, quais as despesas e custos, qual a margem de lucro pretendida, entre outras.
Estas são apenas algumas informações relevantes, existem outras com grau de detalhamento ainda maior, porém analisando somente as descritas acima vê-se muito claramente que além do faturamento, elemento fundamental para optar pelo Simples Nacional, existem outras variáveis que podem determinar o sucesso ou insucesso do comércio eletrônico.
Isto porque duas coisas são fundamentais neste ramo: preço e prazo. Sem preço competitivo dificilmente conseguirá um número interessante de faturamento, e sem prazo exíguo não será a primeira opção dos clientes.
Assim, a tributação tem papel de fundamental importância para os empresários, em especial para o E-commerce, pois se conseguir, dentro dos ditames legais, diminuir sua carga tributária não precisará sacrificar sua margem de lucro para competir com seus concorrentes e, sem sombras de dúvidas, será bem sucedido em volume de faturamento.
Sem ter a intenção de esgotar o tema, mas somente para trazer uma reflexão estruturada, objetivando a mudança de padrões de pensamento, deixo aqui uma pergunta: levando-se em consideração que a margem de lucro é apertada, pois a concorrência é enorme, e diante disso para ter sucesso no setor é fundamental alcançar volumes interessantes de vendas, considerar somente o valor do faturamento total como instrumento de decisão sobre a tributação é o suficiente?